ando pelas estradas, sabendo de onde vim, sabendo onde quero chegar, o destino guia minhas rotas, as emoções guiam meus passos, sei o que quero e sei onde estão as respostas, que passei por toda a vida a buscar. sou cigana, conheço a sorte, minha companheira de trajetórias, lado-a-lado com o destino, amigo, filha do vento, caminho, sigo pela vida, bailando por entre histórias, colhendo de árvore em árvore o fruto de meus atos, plantando aqui e acolá a semente que se tornará a árvore sob a qual quedarei no final de minha jornada. espera-me um povo alegre e festeiro, roupas coloridas, bailados encantados ao pé da fogueira meu povo cigano, amado, se, aqui estou, é para meu aprendizado. mas sinto falta de minhas raízes, do meu solo adorado, das cancionetas ao violão, da buena dicha... pelas noites que passo, meu coração, saudoso, chora a falta desse povo, minha mente, em sonhos, vai buscá-los, não se priva de sua família o filho tão apegado. um lamento corta o silêncio da noite, apenas a l...