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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Vem!

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Vem, Me culpa pelo que fiz, Me acusa do que não fiz. Vem, Olha para mim...olha! Me diz! Fala alguma coisa! Vem, Volta...me faz feliz! Volta...antes que eu enlouqueça! Meu maior pecado, amor, Digo: foi tanto te amar. Minha única culpa, amor, Afirmo: Eu não soube te amar. Agora, vem você e me julga, Me acusa, O que eu posso fazer? Vem, Mas deixe que eu me explique, Me deixa falar, te contar...! Vem, Não fique, assim, calado! Não me olhe dessa forma,  Comece a falar! Vem, Me escuta,  Preciso ser ouvida. Vem, Acredita... Creia em mim...! É verdade... Eu nunca, nunca...nunca...! Nunca deixei de te amar! (SP/1999)

Como são bons esses momentos!

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Como são bons esses momentos Em que o mundo nos parece o paraíso E o mar feito de rosas! Como são bons esses momentos Em que a vida parece ser eterna E a felicidade infinita! Em que, esquecidos do mundo,  Abandonados em nossos beijos, Protegidos em nossos abraços, Perdidos em nossas carícias, Percebemos: não há palavra nenhuma A ser dita! São tão bons esses momentos,  Fragmentos de sonhos, Materializações de fantasias, Breves instantes de contos-de-fadas! Momentos...horas que não voltam atrás, Não recuam...nunca...jamais, E, por isso, clamam por serem vividos. Momentos..são tão bons, mas, tão frágeis, Que, apenas uma lágrima de tristeza Pode destruí-los, Uma palvra impensada, Um gesto mal interpretado, E, então, mais um momento acabado! (SP/ Dezembro de 1995)

Palavras

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Palavras são mais do que palavras, Quando ditas por você. Mais do que som, Palavras criam vida E agem por si só, Sob o som da sua voz. Uma canção, Dantes admirada, Cria todo um sentido, Quando entoada por sua voz E sua voz, mais do que uma voz, Torna-se canção, ecoando noite adentro, Em minha mente. Todos os acordes Espalhando-se pelo meu quarto. Se, antes te contei Que, com você, havia sonhado, Hoje, descobri o quanto Esse sonho é limitado, Diante de tudo o que você é, Na realidade. Já te falei que você supera Tudo o que minha imaginação teceu Sobre você? Já te agradeci por tudo o que disse E por fazer-me ver-te Da maneira que te vejo agora? Te agradeço Por fazer com que, em uma noite fria, Esses versos fossem idealizados, Para criarem vida em uma manhã como essa. E serem entregues a você, Como uma forma de te mostrar O quanto pode uma palavra, Quando a distância não permite Que os gestos possam expressá

Minha poesia

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Minha poesia é carne. É mais que espírito, É matéria. É mais que amor, É desejo. É mais que o beijo Dos namorados, É como o encontro Dos amantes. É mais que promessa de amor, É súplica, é a palavra impensada, Dita nas horas de desespero. Meu ser não se inflama, Explode de paixão. O coração mais que ama, O corpo arde, em meio à explosão. Não é sonho, sem despertar, É noite insone, na cama a rolar, No travesseiro a cismar, Na escuridão a amar. É a estrela inatingível, O sonho inalcançável, É a alma incansável, É a frase impensável, A proposta irrecusável. É a brisa que me afaga, Sem sentir. A alegria que me assalta, Sem sorrir. É o desejo que me é concedido, Sem pedir. O pecado que me é perdoado, Sem remir. Minha poesia é fogo Que não consome, Chama que não arde, Calor que não abrasa. É martírio desejado, Sacrifício provocado, Sofrimento procurado, Castigo inacabado. Meu verso supera Cor

Por mim mesma

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Não aceito, da vida, menos do que o necessário.   Não aceito a metade, quando me lanço inteira. Eu determino a minha permanência,  Mas, sei que posso, sempre, voltar. O tempo é um quesito relativo, Contínuo, atemporal... Não determina entrega, sentimento, caráter... Tempo determina a duração...linearmente... Da felicidade, da ilusão, do engano, desengano, Da paixão...nada mais. Se eu aceitasse o tempo pelo tempo, O teria em partes iguais comparativamente. Mas, da vida quero o que me cabe, O que me é de direito, O sentimento sincero, a entrega plena, A sinceridade, a fidelidade. Menos do que isso? Menos do que ofereço? Não aceito. Só aceito ser amada na mesma proporção ou mais Do que eu amo a mim mesma.

O Último Acróstico

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Resgate sua essência Antes que seja tarde Permita-se ver a realidade Hoje, aqui, agora Abra seus olhos Enquanto ainda há tempo Lembre-se: quando planta-se tristeza, colhe-se solidão.

A Sombra (Auto-Negação)

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Não ser nada ninguém Não viver Sobreviver Subexistir Apenas uma projeção De outra existência sombra Viver oculta Jamais ser notada Não-atos Não-feitos Não-palavras Não-eu Extensão Negação Reflexo do ego allheio Não-vida Satélite Não-brilho Não existo Não-verbo Sujeito oculto Substantivo indefinido Apenas sombra...nada mais.

Errante

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Tantos anos em seus caminhos, Nessa estrada de tantos erros, Encontrando-se e desencontrando-se, E você, sempre, perdido, Sempre errante, Julgando estar sempre certo. Tão inconseqüente! Seus impulsos errados Vão guiando-o adiante, Sem rumo. Más escolhas Das quais, cedo ou tarde, Você acaba arrependendo-se. Seus julgamentos precipitados Sempre te custando caro, A preço de lágrimas, sangue E solidão. Sua cegueira infinita Impedindo-o de ver Que mais e mais você se perde, Sua consciência, inconsciente, O afasta de quem te quer bem. Você vive sua vida, indiferente, Magoando e sendo magoado também. Errante...você sabe onde vai chegar? Tem idéia de para onde ir? Sabe se quer estar só? Pois o que você planta em seus caminhos O trará, no futuro, como colheita, A solidão. Errante...sempre errante... Você segue... Conquistando amores, Afeições, Retribuindo com seus erros, Distribuindo decepções. Errante...sempre errante.

Cansei

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Cansei de me cansar, Cansei dos meus passos, E de minhas incertas. Cansei de tentar, Cansei de não ser, Cansei de estar, Cansei... Cansei de não existir, Cansei de me anular, Cansei de tentar fugir, Cansei de não me encontrar. Partir? Sumir? Fugir? Cansar e me acabar.