Por mim mesma
Não aceito, da vida, menos do que o necessário.
Não aceito a metade, quando me lanço inteira.
Eu determino a minha permanência,
Mas, sei que posso, sempre, voltar.
O tempo é um quesito relativo,
Contínuo, atemporal...
Não determina entrega, sentimento, caráter...
Tempo determina a duração...linearmente...
Da felicidade, da ilusão, do engano, desengano,
Da paixão...nada mais.
Se eu aceitasse o tempo pelo tempo,
O teria em partes iguais comparativamente.
Mas, da vida quero o que me cabe,
O que me é de direito,
O sentimento sincero, a entrega plena,
A sinceridade, a fidelidade.
Menos do que isso? Menos do que ofereço?
Não aceito.
Só aceito ser amada na mesma proporção ou mais
Do que eu amo a mim mesma.
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