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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Dádivas

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De todas as dádivas, Quisera eu o seu perdão. Água para matar a minha sede, Sono para findar minhas noites  Insones. Canção para embalar minha solidão. De todos os presentes, Dêem-me, os céus, o seu sorriso Lindo, a bailar em seus lábios, Puro, a encantar os meus olhos, Gentil, como outrora, E não amargo e dorido, como agora. De todas as bençãos, Conceda-me, Deus, o seu amor. Amor que naufragou Nas vagas da desilusão. Amor que se perdeu no "adeus", Em desamor se converteu. Desamor que à sorte me abandonou, Velando noites a fio, Errando por entre os caminhos da vida, À margem da felicidade, Buscando-te em cada sorriso, Perdida... Suplicando pela sua volta. Quisera eu que Deus me ouvisse, E guiasse teus passos De volta aos meus braços. Eis, enfim, a maior das dádivas: Por entre beijos e abraços, o seu regresso. (SP/ Junho de 1999)

Closed Eyes

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Seus olhos, antes brilhantes,  Enigmáticos, Expressivos, Hoje estão fechados, cerrados, Como portas que nunca mais se abrirão, Janelas fechadas, Tornando impossível de se ver a vida lá fora. A luz de seus olhos esverdeados Escureceu, Seu sorriso Se fechou, O seu corpo, antes tão ativo, vivo, Jaz inerte...sob terras quaisquer. Sinto sua falta, Como se o houvesse conhecido, Acreditando em um passado improvável, Um tempo perdido, Anos esquecidos. Sinto cada parte do seu corpo, Como se o tivesse tocado, Seus lábios...como se os tivesse beijado, Seus olhos...como se os tivesse fitado. E, então, sabendo que seu corpo Está sem vida, por aí, Entendo o que é saudade, Uma saudade de alguém que não conheci. sinto ter alguma ligação com você, Um elo que nem mesmo a morte desfez. Srerá que alguém já sentiu a cruel saudade De alguém querido, um ente perdido? A dor do nunca...nunca mais, O desejo da volta, do retorno,  O ím

Paixão

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Sinto a loucura a se aproximar, A paixão, qual fera a espreitar,  Sinto em meu coração o pulsar De um sentimento que me vai dominar. Qual fogo a arder em meu íntimo, O calor que abrasa nas noites insones, Tua imagem a me perseguir, Meu corpo irrequieto, Ardendo...não posso dormir. É mal de amor? Não posso fugir. O teu beijo, ainda o sinto, O teu corpo...um labirinto. Nesse desejo ainda me perco, Não quero amar, quero fugir... Fecha-se o cerco! É amor? É paixão? Não sei. É desejo? É atração? Como saberei? Essa loucura me bloqueia os sentidos, Não penso, não ajo, não falo... Sinto, apenas, e apenas sentirei. Se desejo-te agora, deseja-me... E então te amarei. (SP/1997)