Dádivas


De todas as dádivas,
Quisera eu o seu perdão.
Água para matar a minha sede,
Sono para findar minhas noites 
Insones.
Canção para embalar minha solidão.

De todos os presentes,
Dêem-me, os céus, o seu sorriso
Lindo, a bailar em seus lábios,
Puro, a encantar os meus olhos,
Gentil, como outrora,
E não amargo e dorido, como agora.

De todas as bençãos,
Conceda-me, Deus, o seu amor.
Amor que naufragou
Nas vagas da desilusão.
Amor que se perdeu no "adeus",
Em desamor se converteu.

Desamor que à sorte me abandonou,
Velando noites a fio,
Errando por entre os caminhos da vida,
À margem da felicidade,
Buscando-te em cada sorriso,
Perdida...
Suplicando pela sua volta.

Quisera eu que Deus me ouvisse,
E guiasse teus passos
De volta aos meus braços.
Eis, enfim, a maior das dádivas:
Por entre beijos e abraços, o seu regresso.

(SP/ Junho de 1999)

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