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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Quarto-Crescente (Ou Eclipse-A história que nunca foi contada)

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Era uma vez um Zahir, imagem persistente, presença constante, pulsante, real, ainda que distante. o Zahir em tudo estava, no ar, nos lugares, nas canções, nos sonhos... Era como uma certeza incerta, Acreditava-se que ele permaneceria, Tinha-se como certo que ele a ninguém, Jamais pertenceria. Zahir...drama, história interminável. Então, aos poucos, algo louco Foi acontecendo... Uma presença, sutil, pouco a pouco, Se insinuava...e permanecia... Olhos da cor do ocre, Pele de marfim, Corpo esculpido pelos deuses, Mente de poeta, Voz de anjo... Envolvente, com suas rimas e versos, Com suas histórias e canções. Em uma noite, quarto-crescente, A Lua das coisas eternas, Ele demarcou seu território... Eclipse...raro...inesquecível... Extasiante. Sob estrelas, ocultas entre nuvens, A suave brisa acariciante, Era madrugada e seus braços delineavam Um amplexo perfeito, Completando com beijos Entrecortados de palavras sonhadas.

Considerações

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não existe traição quando não houve o toque, e nem relação se não houve o contato. um romance apenas idealizado não é real, e esperanças só morrem quando existiram. a mudança só existe quando existe a rotina, e a rotina só acontece no dia a dia, na realidade, no toque, no contato. o que não existiu não pode nos ferir, se sequer veio, não há como partir. palavras são palavras em um jogo, sem vencedores, e enquanto palavras, não são fatos,  não determinam amores. que venha o que vier, que seja... o que tiver que ser. exagero os fatos, invento sentimentos, aumento minhas dores, no final, viro a página, aperto o reset e sigo. aprendi a ser imune às ilusões, trapaças da mente que busca paixões, novas histórias, novos amores, razões da existência de um coração que se alimenta de emoções traiçoeiras, às vezes, porém reais. agora delas me enfado, se necessário, que venha a ventania, a destruição... ressurjo, de qualquer forma, dentre as ruínas qual fênix, guerreira, imortal. não acredito que n

Adorável Contradição

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Você a vê e se encanta, Jeito de menina Em um corpo de mulher. Seu jeito de andar Traz os meneios de um bailado, Você se perde em seus passos, Enquanto ela acerta o compasso. Ela joga com palavras Um jogo de inteligência, Misturado com inocência e sedução, Seu sorriso despretensioso Disfarça seus olhos flamejantes de paixão. Intrigante. Você jamais consegue definir Se ela é fada, bruxa, cigana ou anjo, Mas, antes que você pergunte, Ela te mostra que é tudo isso e mais. Fascinante! Coloque-a em um altar, Rodeada de pétalas de rosas, E ela o amará como a um deus. Despreze-a E ela o fará provar Do seu próprio veneno; Com desdém o esquecerá E, logo, outro ocupará seu lugar. Quem é essa garota? Menina-mulher, anjo ou demônio? Refinada, marota, Sedutora, tímida, Complexa e contraditória. Com o tempo, você irá descobrir Que, por detrás de sua aparente submissão, Ela sabe como deter e exercer o poder. Viagem sem volta,  Olhe-a nos olhos e aceite, Com tanta doçura, ela vai envolver você.

Sozinha, mesmo assim

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seu cheiro ainda está em minha pele, meus cabelos impregnados pelo seu perfume, seus beijos ainda ardem em meus lábios, por quê? por quê? por quê? como fui gostar tanto de você? tantas lembranças povoam minha mente, eu e você e nada mais, pensamentos que não me deixam... por quê?por quê...? por quê tem que ser assim? sua voz ecoa em meu ouvido, a todo instante, delírios e promessas, sonhos e ilusões, você tem que voltar... simplesmente sei que tenho que seguir, uma vida e mil missões me esperam, meu destino tenho que cumprir, se tenho que te esperar ou partir... já não sei... apenas sei que seguirei,como sempre segui: sozinha, mesmo assim.

Reflexões

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Deus é um conceito o qual não consigo compreender,entidade que não consigo ver como vêem a maioria dos olhos crédulos. Não vejo Deus nas expansões de almas hipócritas, que apontam o que desaprovam,tornando-se juízes e algozes.Nessas mentes limitadas, que julgam-se perfeitas, dignas de um Paraíso que só a elas pertence. Mais fácil encontrar Deus nas blasfêmias dos bêbados,nas gargalhadas das damas da noite,em toda a espécie de manifestação sincera que parta da alma, antes de partir de um raciocínio calculado,uma representação premeditada. Não consigo acreditar em um Deus que nos tenha como fantoches,que tolhe nossos atos e ata nossos membros,um Deus castrador e punitivo, vingativo e manipulador, que nos prende em uma corrente e nos deixa seguir até onde dita seu bel prazer...então, enfastiado, ele puxa a corrente e nos enforca em nossa própria tentativa de liberdade. Esse Deus feudal, esse Deus inventado, não me interessa. Não acredito em um Deus que reine, distante, longe demais par

Fizeram a gente acreditar (John Lennon)

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Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros s

John Lennon - 30 anos de Saudades

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Em primeiro lugar, quero dizer que essa não pretende ser a última palavra em termos de homenagens a John Lennon e tudo o mais que for relacionado a ele. Existem inúmeros sites que trazem informações sobre sua vida, imagens, curiosidades, homenagens mais elaboradas, até, o que faz dessa, aparentemente, mais uma...em uma primeira vista, quem sabe. Hoje, 08 de Dezembro de 2010, é o dia que marca os 30 anos desde que John Lennon nos deixou. Uma data triste, sem dúvida, mas, que jamais poderia ser esquecida. Ele que lutou pela paz, pereceu de forma violenta e sem sentido através das mãos de um "fã" (?!?), que julgou seu ato bárbaro uma forma de demonstrar sua veneração por John Lennon. Assim um fato triste se fez história, tendo, de um lado, Mark Chapman, que se tornou, talvez, um dos homens mais odiados de todos os tempos e, de outro, John Lennon que, aos 40 anos, retomando aos poucos sua carreira, interrompida por conta do nascimento de Sean, seu filho com Yoko Ono, teve