Quarto-Crescente (Ou Eclipse-A história que nunca foi contada)
Era uma vez um Zahir, imagem persistente, presença constante, pulsante, real, ainda que distante. o Zahir em tudo estava, no ar, nos lugares, nas canções, nos sonhos... Era como uma certeza incerta, Acreditava-se que ele permaneceria, Tinha-se como certo que ele a ninguém, Jamais pertenceria. Zahir...drama, história interminável. Então, aos poucos, algo louco Foi acontecendo... Uma presença, sutil, pouco a pouco, Se insinuava...e permanecia... Olhos da cor do ocre, Pele de marfim, Corpo esculpido pelos deuses, Mente de poeta, Voz de anjo... Envolvente, com suas rimas e versos, Com suas histórias e canções. Em uma noite, quarto-crescente, A Lua das coisas eternas, Ele demarcou seu território... Eclipse...raro...inesquecível... Extasiante. Sob estrelas, ocultas entre nuvens, A suave brisa acariciante, Era madrugada e seus braços delineavam Um amplexo perfeito, Completando com beijos Entrecortados de palavras sonhadas. ...