Esmeralda

Em uma noite de lua cheia,
Uma mágica festa sob o luar,
Homens, mulheres, velhos e crianças,
Todos alegres e unidos,
Eram ciganos a bailar.

Dentre todos eles eu vi
Uma cigana que, de todas, se destacava,
Os cabelos eram vermelhos,
Com a calidez do fogo,
Rubros lábios como maçã,
Sua saia, como diáfano manto verde,
A voar, enquanto ela bailava.
De todo o ouro e todas as jóias,
Era ela a mais preciosa,
Seu nome: Cigana Esmeralda.

Seu bailado despertava paixões,
Seu olhar queimava como fogo,
Seu sorriso, deus das perdições,
Cigano ou Gadjé,
Não havia um que resistisse ao seu jogo.

Fera indomável,
Cigana,
Muitos tentaram,
Mas ninguém jamais a possuiu.
Voluntariosa,
Tudo o que quis, conseguiu.
Consciente de seu encanto,
Esplendorosa,
A ela ninguém, jamais, resistiu.

Bastava um olhar,
E um reino, a seus pés, era depositado;
Um sorriso,
E mil argumentos eram derrubados.
Esmeralda Garcia,
Faceira, Feiticeira,
Cigana e Rainha,
Um nome para não se esquecer,
Uma mulher para sempre se recordar.

Em seu peito um coração batia,
Um grande amor ali vivia.
Sem se prender a rédeas,
De um jeito todo seu, ela amava
Um formoso moreno,
A paixão que era o ar que ela respirava.

Um dia qualquer,
Uma emboscada,
Se foi aquele que Esmeralda amava.
Sentimentos confusos,
O coração repleto de dor,
O corpo privado de seu grande amor,
Chega a noite escura,
Algumas ervas, uma poção,
Para sempre adormece Esmeralda,
Partiu para a Eternidade,
Foi encontrar-se com sua paixão.

Mas, engana-se quem pensa
Que a morte ou o tempo
O brilho de Esmeralda ofuscou.
Ciganos não morrem,
Retornam ao infinito,
Juntam-se às estrelas.
Basta querer e acreditar,
Por três vezes seu nome chamar,
E logo a ruiva espanhola,
Com seus verdes trajes,
Pronta estará para ajudar.
Esmeralda Garcia,
Cigana, Rainha,
Acaba de chegar!

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