Nosso Pranto



Quando fui embora,
E nossos olhos se encontraram,
ficou gravada, em minha mente,
A lembrança das lágrimas
Que nossos olhos inundaram.
E seu pranto incontido,
Derramando-se,
Como tempestade descontrolada,
Se mesclou com meu pranto
Pela despedida não desejada.
Eu quis parar tudo
E me lançar em seus braços,
Ignorando quem ali estivesse,
O que pensaria,
Que me importava?
O que seria um abraço?
Se quem eu amava,
Como, jamais, a outro amaria,
Ali estava,
A chorar minha partida.
Naquele momento, eu sei,
Você pôde, finalmente, alcançar
A extensão do que sentia,
Pôde, finalmente, constatar,
O quanto, por todo o tempo, te amei.
Mas, eis que eu partia...
E nada, naquele momento, nos ocorria
Que pudesse evitar o iminente fato
Que o destino nos estava impondo.
Tive que partir, te deixei,
No entanto, espero que tenha guardado
Em sua mente, tudo o que vivemos,
Que mantenha, em seu coração,
O que sentimos e o que dissemos,
E, acima de tudo, guarde em seus olhos
A minha imagem...
Que tomará forma no exato momento
Em que eu retornar
E todas as lágrimas, toda a saudade
E contratempos
Farão parte do passado
E, nesse dia, tornarão mais intensa
A nossa maneira única
De conjugar o verbo AMAR.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Reflexões

Caroline (Sobre A Princesa e A Boneca de Pano)

Esperanças Nunca Morrem!